Notícias

Maia garante que haverá nova redação para MP 873

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, cumpriu o combinado com dirigentes das centrais sindicais brasileiras e assegurou, durante almoço em sua residência oficial, na  terça-feira (2/4), que vai trabalhar pela mudança na redação da Medida Provisória  873, que busca dificultar ao máximo o recolhimento das contribuições sindicais.

O texto da MP obriga o desconto por meio de boleto, e não por desconto em folha. Pelo que ficou acertado entre Maia e os dirigentes sindicais, uma nova redação à MP será apresentada até o dia 16. Caso não haja acordo, a disposição do presidente da Câmara é deixar a iniciativa do governo caducar e perder a validade.

O encontro ficou dentro das  expectativas, segundo os sindicalistas, que tiveram a garantia de Maia de que a MP caducará, caso o texto proposto não fique de acordo com os interesses sindicais.

O anúncio é uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro, que não contestou a MP elaborada dentro da equipe econômica do governo. O principal artífice do ataque às finanças dos sindicatos foi o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, velho inimigo dos representantes dos trabalhadores. Marinho foi o relator da reforma trabalhista que, no ano passado, acentuou a precarização das relações de trabalho.

No almoço, os sindicalistas sentiram, finalmente, o doce sabor da vitória sobre Marinho. E de virada. Após a edição da MP, grandes sindicatos contestaram seu conteúdo na Justiça, obtendo diversas decisões favoráveis ao desconto em folha. Até mesmo no STF a mudança para o desconto em forma de pagamento via boleto – o que, na prática, inviabilizaria as contribuições – não foi colocado em prática entre os funcionários da Corte.

Fonte: UGT